JÁ DIZIA A MINHA AVÓ: “DESCULPA DE CASTELO É FEBRE”.

Morte na família – que triste! O cunhado de um primo de segundo grau, faleceu ontem e o enterro será nesta tarde. Então, a pessoa vai, falta ao trabalho, tão solícita, para levar a sua tiazinha ao enterro do cunhado do primo.

Se utilizar de um falecimento em família pode ser uma desculpa usada para pessoas sem compromisso, agora, um parlamentar fazer uso do falecimento do irmão e impossibilitar a realização de uma sessão na câmara???

Pois é, pessoal. Aconteceu no município de Cantanhede.

Segundo fontes fidedignas do município, a sessão da Câmara  Municipal de Cantanhede deixou de acontecer por luto familiar do vereador Toinho (DEM), que perdeu seu irmão. Detalhe: o irmão do parlamentar faleceu no sábado, mas a Câmara Municipal de Cantanhede deixou de realizar a sessão na segunda-feira, 09, três dias depois.

 

 População de Cantanhede costuma assisitir ás sessões da Câmara, quando acontecem. 

 

Este blog manifesta os mais sinceros pêsames ao vereador Toinho e família pela perda do ente familiar.  Entretanto caros senhores leitores, o parlamento municipal cantanhedense já se reúne somente uma vez por semana. Não seria mais apropriado lembrar a perda do vereador em sessão ? Além de tudo, seria uma bela homenagem. Porque deixar de abrir a "casa do povo"  em detrimento de um falecimento que ocorreu três dias antes?

Será que Cantanhede não tem problemas suficientes para que os representantes do povo se reúnam? Porque não discutir a questão de segurança pública em Cantanhede, que tem assombrado a população? Porque não discutir soluções para a época de chuva que, no município, costuma trazer tanto sofrimento para as comunidades ribeirinhas?  

Este blog poderia dar aqui mil motivos para a câmara se reunir.

Se o parlamento não trabalha, porque, então, pagar o salários dos que, em tese, seriam os representantes do povo? Será que esses vereadores não tem por obrigação fazer valer os votos depositados na época das eleições? O que teria o Presidente da Câmara, Emerson Costa (PCdo B), a dizer?  

Presidente, abra o OLHO !  

Já dizia Francisco de Juanes: O poder é limpo quando se traduz em serviço.

Fica o protesto, em nome da população, que não está sendo priorizada, já que o espaço para resolver os problemas do município fica fechado em dia de trabalho.